Raízes em Movimento marca presença no 2º Seminário de Participação Popular Comunitária

O Instituto Raízes em Movimento esteve presente terça-feira, dia 4 de fevereiro, no 2º Seminário de Participação Popular Comunitária, organizado pelo Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade da Secretaria de Saúde do RJ, no Auditório Bárbara Starfield. O encontro teve como objetivo promover diálogos e trocas de conhecimentos entre médicos residentes, lideranças, coletivos e instituições sobre as dinâmicas do cotidiano nas favelas e as questões sociopolíticas que envolvem o acesso à saúde como um direito de todas e todos.

A mesa de conversa foi mediada por Sarah Pereira, Lorrane Bandoli e Camila Bucci e contou com os(as) convidados (as) Letícia Pinheiro, coordenadora do coletivo Fala Akari; Alan Brum, cofundador do Raízes em Movimento; e Hanna Mendes, redutora de danos do UAA Metamorfose Ambulante.

Com uma abordagem comunitária, política e educativa, o encontro direto com as estratégias locais de se olhar para as demandas e obstáculos do território se dá como ponto de partida para questionamentos e reflexões sobre as teorias da própria academia e as experiências vivenciadas pelos médicos em contato com os moradores na prática para montar estratégias de atuação nas Clínicas da Família. 

“Para gente da área da Saúde, dar esse olhar de encontro com o território e ouvir a experiência de mobilização social por meio dos palestrantes e suas falas é inspiradora no sentido de nos inserirmos mais nesses processos e iniciativas de reflexão e estudos como pontes entre a gente e a comunidade.”, aborda a organizadora do GT responsável pelo evento, Camila Bucci.

O Plano de Ação Popular do Alemão é uma importante iniciativa de leitura social, crítica, histórica, pedagógica e cultural sobre as favelas enquanto espaços fragilizados pelas desigualdades sociais e pela cultura da sobrevivência diante das violências inseridas no dia a dia. Ao mesmo tempo, elas também são importantes lugares para se pensar, planejar e mobilizar políticas públicas voltadas à dignidade humana, justiça social e cidadania. 

“Não dá para atuar no território sem conhecer as agendas prioritárias em torno das demandas, como o Plano de Ação Popular do Complexo do Alemão por exemplo. Tão pouco não se relacionar com as histórias das favelas, tecidas por seus moradores, para se pensar as próprias ações e construir políticas públicas estruturantes que melhorem a qualidade de vida.”, relata Alan Brum, cofundador do Instituto Raízes em Movimento. 

A troca de experiências e a valorização do conhecimento popular fortalecem a atuação dos médicos nos territórios e contribuem para a formulação de políticas públicas mais inclusivas. Eventos como esse evidenciam que a saúde vai além do atendimento clínico, estando diretamente ligada à escuta, ao reconhecimento das realidades locais e ao compromisso com a transformação social.

Autor

Lorena Barbosa

Assistente de comunicação do instituto raízes em movimento.

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