HORTAS COMUNITÁRIAS NO CPX: TRANSFORMAÇÃO SOCIAL E AMBIENTAL

por David Amen e Ana Santos

As hortas comunitárias têm se destacado como instrumentos de transformação em diversas favelas, e o Complexo do Alemão não é exceção. A partir do Plano de Ação Popular do CPX, esse movimento vai ganhar força, trazendo consigo perspectivas significativas de mudança tangível para a localidade. Uma parceria já bem avançada com o Mandato da Deputada Estadual Marina e o MST e a Secretaria de Ambiente e Clima – SMAC é um marco expressivo nesse processo. Essa colaboração promete apoiar algumas hortas nas favelas, semeando os alicerces de um futuro mais sustentável e próspero para as comunidades. Entre essas iniciativas, destaca-se o projeto liderado por Dona Josefa, na Pedra do Sapo – Complexo do Alemão, e o apoio ao Centro de Integração da Serra da Misericórdia – CEM, no Complexo da Penha.

Dona Josefa é uma figura emblemática no Complexo do Alemão, reconhecida por seu incansável trabalho em prol do meio ambiente e de uma alimentação viva. Seu projeto não cultiva apenas alimentos saudáveis, mas também promove educação ambiental, empoderamento comunitário e resiliência frente aos desafios socioambientais enfrentados pela região, como a mitigação das mudanças climáticas e todo racismo ambiental enfrentado no cotidiano.

Além disso, o apoio da Secretaria de Ambiente e Clima ao trabalho já bem projetado pelo CEM no Complexo da Penha demonstra um compromisso abrangente com a promoção da soberania alimentar e popular  e do bem-estar nas comunidades cariocas. Essa parceria é crucial para fortalecer as hortas comunitárias e todo contexto de incidência política a partir da base, sobretudo quando a pauta se origina no coletivo e tem resultados depois de muita conversa entre sociedade civil e órgãos públicos, portanto, crescimento pessoal e fortalecimento dos laços comunitários.

Essas hortas comunitárias representam muito mais do que potentes projetos de agricultura urbana. Elas são pilares de resistência, solidariedade, autonomia, organização das mulheres e esperança em meio às adversidades das localidades que atuam. É através dessas iniciativas locais que podemos vislumbrar um futuro mais sustentável e inclusivo para todos os moradores dessas áreas e, de fato, consolidar uma política pública de produção e distribuição de alimentos orgânicos e agroecológicos na Serra da Misericórdia, nossa última área verde.

Favela viva.

Texto publicado também na edição 98 / ano 18, do jornal Voz das Comunidades.

Autores:

David Amen

A narrativa envolvente acima é trazida até você pela dedicada equipe do Instituto Raízes em Movimento. Como apaixonados defensores do fortalecimento comunitário, compartilhamos histórias autênticas e experiências inspiradoras do Complexo do Alemão, promovendo a conexão e compreensão entre as pessoas. Juntos, celebramos a resiliência, a esperança e o espírito vibrante desta comunidade incrível. Convidamos você a explorar mais sobre o nosso trabalho e a se juntar a nós nessa jornada de transformação

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